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Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se na freguesia de Verdoejo, cidade de Valença, distrito de Viana do Castelo, região Norte e sub-região do Alto Minho
O Adro Velho é um pequeno lugar na parte norte da freguesia de Verdoejo onde existe um cemitério medieval antigo e desvenda os mistérios de um cruzeiro medieval de 1398.
O espaço do Adro Velho próximo à Ecopista acolhe um riquíssimo espólio arqueológico com um conjunto de sarcófagos antropomórficos, isto é, um sarcófago é uma urna funerária de pedra colocada sobre o solo.
A importância dos sarcófagos são os desenhos que em diferentes ocasiões representavam Deuses que ajudariam o morto em sua viagem ao outro mundo além de expor a classe social da família do falecido.
Nas várias representações dos sarcófagos destaca-se o culto ao Deus Rá que dia e noite acompanha a viagem do morto em seu barco sagrado.
O fato de o Sol nascer todas as manhãs simbolizava Rá vencendo os perigos do mundo subterrâneo seguindo seu ciclo junto ao morto.
No Adro Velho existe uma Necrópole Medieval localizada nas imediações de Verdoejo por entre um espesso bosque de pinheiros e carvalhos.
O sítio localiza-se na margem do rio Minho assentando em terraços fluviais na proximidade da confluência de uma ribeira com o rio Minho servido por caminhos vicinais.
A cobertura vegetal é composta por vegetação herbácea e arbustiva e foi identificado um recinto de formato aproximadamente circular delimitado por um muro de mamposteria e atravessado no sentido SO/NE por caminho de pé posto.
No seu interior observam-se enterradas duas sepulturas medievais/monolíticas com forma antropomórfica, dois fragmentos de tampa de sepultura epigrafada correspondentes restos de uma edificação que a memória local identifica como uma ermida antiga.
Um cruzeiro medieval e no seu topo encontra-se uma figura de Cristo anatomicamente desproporcionada sobretudo na zona do ventre e preza as hastes da cruz.
No século XVI foi erguido um cruzeiro para evidenciar o caráter sagrado do lugar com fuste monolítica decorada com vieiras colocadas alternadamente, cruz com chanfros e terminais em botão com representação bastante tosca de Cristo com barba, coroa de espinhos e pés sobrepostos.
O visitante também pode admirar o espesso bosque de pinheiro e carvalhos aproveitando para passear ou fazer exercício físico ou percorrer o percurso pedestre que por aqui passa.
Nas proximidades encontra-se um forte "térreo" dos tempos da Guerra da Restauração e a pesqueira da gineleta.
Nos terrenos que se estendem para norte recolheram-se fragmentos de tegulae, de imbrice, de cerâmica (comum e sigillata hispânica) e observam-se blocos graníticos de construção que indicam a existência de um povoado de época romana.