O Pelourinho se mudou da praça ribeira para a Praça Marquês de Pombal no ano de 1774 por ordem do ilustríssimo e excelentíssimo senhor Marquês de Pombal, do Conselho de Estado.
O Pelourinho foi executado pela Câmara desta vila sendo juiz de fora Leandro de Souza da Silva Alcoforado, e por decreto de Sua Magestade Fidelíssima nomeado inspetor das obras públicas desta vila José Bruno de Cabedo, coronel do regimento e governador da praça, diretor destas João Vasco M. de Braun, sargento-mor da mesma, engenheiro e comandante de artilharia.
O Pelourinho localizado na Praça Marquês de Pombal, numa das zonas de expansão da cidade durante as épocas moderna e contemporânea, foi construído originalmente para a Praça da Ribeira (antigo Largo da Ribeira Velha) em pleno centro histórico setubalense no coração do burgo medieval.
A sua construção data do reinado de D. Maria I, numa cronologia já bem avançada no século XVIII e instituiu-se como um dos principais símbolos do governo do Duque de Aveiro que então detinha os direitos sobre a cidade.
Ao longo desse século XVIII o pelourinho foi deslocado de local pelo menos duas vezes, num primeiro momento passou para o Largo defronte do Convento do Espírito Santo, mais tarde foi parcialmente enterrado por prejudicar as corridas equestres que se realizavam.
No ano de 1774 por ordem do Marquês de Pombal, o pelourinho foi demolido precisamente por representar a antiga autoridade do Duque de Aveiro.
A coluna, sem dúvida o elemento de maior impacto e qualidade artística de todo o conjunto, foi reaproveitada na construção do atual pelourinho, obra do Engenheiro Cabedo que aqui deixou também a sua marca.
A configuração atual do pelourinho de Setúbal é constituída por um pedestal quadrangular, em que assenta o fuste da coluna que contém uma longa inscrição que contextualiza historicamente o monumento.
Ao longo das suas quatro faces, refere-se que o pelourinho foi deslocado da Praça da Ribeira em 1774 que o seu autor foi o Coronel de Regimento José Bruno de Cabedo, Inspector Geral das Obras Públicas de Setúbal, e que o promotor da obra foi a Câmara Municipal quem custeou os encargos da sua execução.
O pedestal com a sua moldura superior delicada revela um nítido gosto neo-clássico, a coluna de mármore de veios negros, é um elemento de grande qualidade pelo seu perfil delgado e bem proporcionado.
Superiormente, um capitel de decoração vegetalista, tipologicamente coríntio, coroa o monumento, a que se sobrepôs, em data incerta, um elemento de ferro.
A altura e dignidade cenográfica do conjunto é ainda reforçada pelo embasamento de dois degraus em que assenta e que lhe conferem maior impacto visual na praça.