Lenda do rio Lethes

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Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se junto da Ponte Romana do Rio Lima, Vila de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo, Norte de Portugal
 
A Lenda do rio Lima nomeada para a categoria de Lendas e Mitos das 7 Maravilhas da Cultura Popular pelo Município de Ponte de Lima.

A beleza do rio Lima provocou desde sempre uma incapacidade de expressão condigna para atrair o poder sugestivo da lenda que lhe deu nome - a Lenda do rio Lethes, o rio do Esquecimento.

O rio do Esquecimento (hoje rio Lima) dizia-se que quem bebesse da sua água ou alguém atravessasse o rio ficaria enfeitiçado pela sua beleza logo esqueceria a pátria, a família e o próprio nome.

Os que percorrem as margens do rio Lima em Ponte de Lima para além do monumento evocativo da Lenda do rio Lethes ou do Esquecimento encontram na parede exterior do Mercado Municipal um painel de azulejos no qual está reproduzida a célebre tapeçaria de Almada Negreiros datada de 1957 que imortaliza a Lenda.

Usando as palavras de António Manuel Couto Viana: não é o rio do Esquecimento, mas sim o rio da "Lembrança viva destas terras amoráveis, por onde desliza e parece beijar".

A Legião Romana já tinha passado o Tejo, o Zêzere, o Mondego, o Vouga e o Douro alguns mais a custo que os outros mas sem problemas de maior.

A Legião Romana viu o rio Lima ficaram parados e pensaram Seria este o Lethes? estavam tão longe de casa, tinham já passado tantas privações e agora depararam-se com mais este obstáculo. Seria? O burburinho deve ter-se instalado entre a soldadesca e junto dos oficiais. É o rio Lethes. Daqui não passamos!

O temor do exército romano era compreensível. Se fosse o Lethes, bastaria tocar nas suas águas para se esquecerem de tudo e de todos. Porque o Lethes, toda a gente o sabe, é a fronteira para o mundo inferior, o mundo dos mortos.

Décimo Júnio Bruto, o Cônsul romano que comandava as tropas tentou convencer os seus Centuriões a passar palavra aos soldados de que ainda estavam muito longe da fronteira final e que passado o rio continuariam a sua marcha gloriosa de conquista e romanização deste território nos confins do Império.

Mas nem a autoridade nem a persuasão do Cônsul foram suficientes para apaziguar as hostes.

Este era mesmo o rio Lethes e quem o atravessasse não mais voltaria para os seus amados.

Num impulso, Décimo Júnio Bruto arranca o estandarte da Legião do soldado que o levava, esporeia o cavalo e entra decidido no rio perante o terror dos seus homens.

O Cônsul atravessou o Lima e chegou à outra margem começou a agitar a Águia Imperial e a chamar pelos seus homens provando-lhes assim que aquele não era o Lethes.

O exército convencido atravessou as águas do Lima e seguiu a sua marcha que lhe daria a glória.

Décimo Júnio Bruto passou à História com o cognome de Galaico por ser o conquistador da Galiza.