O Parque Natural Sintra-Cascais situa-se no distrito de Lisboa e está distribuído pelos concelhos de Sintra e Cascais e estende-se do limite norte do concelho de Sintra junto à foz do rio Falcão e para sul até à Cidadela de Cascais
No município de Sintra compreende as freguesias de São Pedro de Penaferrim, Santa Maria e São Miguel, São Martinho, São João das Lampas e Colares, ao passo que em Cascais inclui as freguesias de Cascais e Alcabideche.
A zona de Colares tem a totalidade do território inserida em área de Parque Natural, e abrange também a região ocidental da Terra Saloia e a Área Metropolitana de Lisboa-Norte.
O Parque inserido na região ocidental da Terra Saloia e no quadrante norte-ocidental da Área Metropolitana de Lisboa divide-se em duas zonas distintas: a zona agrícola com vista a produzir fruta e vinho, e a zona costeira com praias, falésias e dunas.
No parque encontra-se uma floresta primitiva com quase todas as espécies de Quercus, entre elas o carvalho-roble e o carvalho-negral, eucalipto, pinheiro-bravo, choupo, salgueiro e acácia.
O parque possui aves de rapina como o falcão-peregrino, a coruja-das-torres, o gavião, o açor e a águia-de-bonelli, aves marítimas como gaivotas e pardelas.
A área na secção dos répteis e anfíbios fazem parte a salamandra-de-pintas-amarelas, o sapo-parteiro, a víbora-cornuda e o tritão-de-ventre-laranja, e mamíferos como raposas, toupeiras e ouriços.
A Serra de Sintra é um pequeno maciço, o promontório da Lua dos romanos voltada para o oceano e que sobe até aos 528 m na Cruz Alta.
Hoje em certos trechos respira-se um ar de floresta densa a contrastar com o cobertor da faixa litoral ou da plataforma calcária de São João das Lampas.
O exotismo vegetal atinge expressão maior nos parques da Pena e de Monserrate envoltos nos nevoeiros que dão um certo misticismo à paisagem.
O Parque Natural de Sintra-Cascais apresenta falésias, arribas baixas, praias, dunas, o focinho do cabo da Roca salientando uma orla marítima que impressiona pelo seu vigor e em que há trilhos de pegadas de dinossáurios (praia Grande do Rodízio).
As chaminés do Palácio Nacional de Sintra e a janela mourisca também designado Paço da Vila apresenta influência muçulmana nítida sendo o edifício atual resultado de várias campanhas de construção de épocas de D. João I, D. Manuel e do primeiro terço do século XVI.
O palácio da Vila com as suas singulares chaminés é o símbolo do Parque Natural de Sintra-Cascais que alberga na sua área rural curiosas manifestações de arquitectura popular.
O inegável valor cénico associado a esta área protegida foi reconhecido pela UNESCO ao integrar parte da serra e centro histórico de Sintra na Lista do Património Mundial com a categoria de "paisagem cultural".