Parque Natural do Douro Internacional

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Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Parque natural que abrange a área em que o rio Douro constitui a fronteira entre Portugal e Espanha, e o rio Águeda afluente do Douro
 
A área inclui os municípios de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo.

A área do Parque abrange o troço fronteiriço do rio Douro incluindo o seu vale e superfícies planas e prolonga-se para sul através do rio Águeda numa extensão de cerca de 120 km.

O Douro possui um rio de águas violentas devido às barragens e sendo notório o contraste entre a estreita garganta por onde corre, e o ondulado das superfícies adjacentes.

A parte norte corresponde à zona de Trás-Os- Montes sendo constituída por um extenso planalto com altitudes que variam entre os 700 e 800 metros aqui o vale do Douro é bastante encaixado com margens escarpadas graníticas “as arribas”, à medida que se avança para sul o vale apresenta-se mais aberto com áreas planálticas e relevos residuais encimados por quartzos.

Na Zona sul o vale já se assemelha ao “Douro Vinhateiro" com clima de pouca precipitação e amenas temperaturas invernais fazendo parte da chamada Terra Quente Transmontana.

O Parque Natural do Douro Internacional com 86.834,82 ha abrange uma extensa superfície adjacente ao rio, sendo a vegetação dominada pela azinheira ou carrasco, bosques de zimbro, sobreirais e manchas de carvalho-negral.

O Douro Internacional é uma área fundamental para a conservação da avifauna onde as aves são o grupo de fauna com maior representatividade nesta área e uma das zonas mais importantes no contexto nacional e ibérico.

A elevada diversidade de várias espécies ameaçadas com destaque para as aves rupícolas (aves que vivem/ nidificam em zonas rochosas) como o abutre-do-egipto (Neophron percnopterus) e a águia-de-bonelli (Aquila fasciata) que por aqui se refugiaram.

A região inclui-se no domínio do carvalho com bosques de carvalho-negral nas zonas de maior altitude, e a azinheira e sobreiro nos terrenos mais secos.

Nos vales apertados há zimbrais e lodoais e em esporões rochosos do Douro e seus afluentes, bosques de amieiros, salgueiros e freixos junto às linhas de água, e grandes extensões de giesta Cytisus striatus e esteva Cistus ladanifer.

A atividade agropecuária é extremamente importante na definição da paisagem: a cultura extensiva de cereal cria biótopos esteparios importantes para a avifauna, e também os lameiros, vinhedos, olivais conferem a esta área uma elevada biodiversidade.

A fauna presente neste Parque Natural distingue-se pelo número de espécies e pelo seu estatuto de conservação.

As aves têm o seu habitat preferencial nas arribas (o chasco-preto, o abutre-do-egito, a águia-real, a gralha-de-bico-vermelho, a cegonha-preta e o falcão-peregrino) com exceção do milhafre-real e do tartaranhão-caçador que ocupam o planalto.

A albufeira da barragem de Santa Maria de Aguiar na parte sul do Parque é a zona húmida mais importante de todo o interior norte e centro para as aves aquáticas, destacando-se a população de mergulho-de-crista Podiceps cristatus.

No Parque e área envolvente encontram-se alguns abrigos de criação e de hibernação de morcegos cavernícolas com importância nacional.

Nas zonas planas predomina a cultura de cereais, os lameiros ocupam as zonas mais baixas e húmidas dos vales.

Nas arribas, predominam as culturas mediterrânicas como a vinha, o olival, a amendoal e o laranjal.

Na agricultura criam-se raças autóctones de ovelhas, Churra galega Mirandesa e Churra da Terra Quente, e de gado bovino, vaca Mirandesa.

O pombo abrigado nos tradicionais pombais faz parte da dieta do agricultor e enriquece a terra.

O Abutre do Egipto (ave necrófago) presente entre março e setembro e a seguir emigra para África central, e foi escolhido como símbolo do Parque Natural do Douro Internacional.

Uma espécie ameaçada, o abutre nacional a nidificar nas arribas do Douro e Águeda em cavidades rochosas como fendas ou pequenas grutas.

O Abutre do Egipto associa-se também à região plantáltica contígua onde a cerealicultura e pecuária extensivas lhe permitem obter e localizar com facilidade os cadáveres de animais de que se alimenta.