A Serra do Alvão é uma elevação de Portugal Continental com 1283 metros de altitude, situa-se a Noroeste de Vila Real predominando os xistos e os granitos separados por afloramentos de quartzitos, e aí se localiza o Parque Natural do Alvão.
As principais curiosidades geológicas deste local são as quedas de água conhecidas como Cascata de Fisgas do Ermelo, (uma das maiores da Europa) e a Cascata de Agarez.
Acidentes geológicos que dão origem a espetaculares cascatas, uma grande diversidade de ecossistemas naturais e um património social preservado fazem do passeio pelo Parque Natural do Alvão uma romagem de autenticidade.
O Parque Natural do Alvão com 7.238,3 ha é uma zona granítica com manchas de xisto possuindo afloramentos rochosos destacando-se o rio Olo associado à famosa queda de água das Fisgas do Ermelo.
Na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão, esta área protegida é percorrida pelo Rio Olo que corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros.
O curso do rio Olo une duas realidades distintas: a uma altitude média de 1.000 m na zona de Lamas de Olo predomina o granito e a vegetação de alta montanha, em baixo junto a Ermelo onde a altitude ronda os 450 m prevalece o xisto e a paisagem verdejante.
Nas encostas junto dos cursos de água desenvolveu-se uma irrigação multi centenária que distribui a água corrente sobre todo o prado impedindo a formação de gelo constituídos pelos lameiros e prados de lima com elevada biodiversidade.
As áreas agrícolas incluem campos de centeio (cereal de altitude), milho, batata e lameiros onde se cria o gado maronês, e baldios em que se apascentam a cabrada.
As plantas raras, caso da orvalhinha ou rorela (Drosera rotundifolia), espécie carnívora que cresce em terrenos encharcados pobres e nas margens dos cursos de água enriquecendo a flora local.
Na fauna típica das serranias do norte interior destaque para a presença do lobo-ibérico, de de anfíbios e de répteis.
A borboleta-azul-das-turfeiras (Phengaris alcon) que habita em turfeiras e lameiros húmidos onde existe a planta genciana-dos-pauis (Gentiana pneumonanthe) e formigas do género Myrmica que depende de ambas para completar o seu ciclo de vida.
Aprecie o tipo de povoamento e a arquitetura rural de que são exemplo as aldeias de Lamas de Olo, Ermelo e Barreiro.
O xisto, o granito e o colmo são os materiais usados na construção das casas das aldeias típicas de Lamas de Olo, Anta ou Ermelo em que o tempo corre tão devagar que parece estarmos muito longe de qualquer cidade, mas afinal o Porto fica apenas a uma hora de viagem.
O núcleo Eco Museológico do Arnal recria o ambiente de uma aldeia tradicional do Alvão dando uma ideia do modo de vida das gentes destes lugares em que parece que o tempo corre tão devagar.
O visitante pode observar a diversidade florística e o colorido dos lameiros, o estranho "coro" das rãs na época de reprodução, as sementeiras, o gado serrano constituído por vacas maronesas e cabras bravias.
Aprecie as paisagens magníficas, caminhe nos diversos cursos de água, prove a excelente gastronomia regional que reúne iguarias como a bola de carne e a vitela assada cuja carne da mais alta qualidade provém de uma raça autóctone que é a “maronesa”.