Busto Guilherme Stephens

Photo 1
Photo 2
Photo 1
Photo 2
Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se na Praça Guilherme Stephens, cidade da Marinha Grande, distrito de Leiria, na região do Centro de Portugal
 
O Busto de Guilherme Stephens da autoria do escultor Luís Fernandes(1859-1954) é uma homenagem prestada pelos vidreiros e restantes trabalhadores da Fábrica Nacional ao impulsionador da Indústria Vidreira e de toda uma obra social e cultural com manifesta importância para a história da cidade.

O Busto de Guilherme Stephens foi inaugurado em 24 de agosto de 1941 e situa-se à frente da Câmara Municipal da Marinha Grande.

O Monumento a Guilherme Stephens, situado frente à Fábrica que fundou em 1769, executado pelo escultor Leiriense Luís Fernandes, inaugurado em 24 de Agosto de 1941.

O Busto é constituído por um busto de Stephens em bronze que é suportado por um pedestal com uma dedicatória numa das faces, “A Guilherme Stephens – o Pessoal da Nacional Fábrica de Vidro 1941”.

O Projeto foi construído por iniciativa do diretor Doutor Acácio de Calazans Duarte e totalmente pago por todos os empregados e operários.

Na inauguração estiveram presentes as autoridades, o pessoal da fábrica, delegação dos operários vidreiros de todas as fábricas, o monumento foi entregue aos cuidados da Câmara Municipal da Marinha Grande para sua conservação e preservação e está localizado em frente da Câmara Municipal, na Praça Guilherme Stephens.

Guilherme Stephens (1731-1803) foi um industrial português e nos princípios de 1769 adquire a sua primeira fábrica, uma indústria de vidros que estava localizada na Marinha Grande inaugurada a 7 de Julho daquele ano e logo se começou a fazer sentir a sua forte actividade, aumentando as suas instalações, empregando mais operários e dotando-a com os mais aperfeiçoados maquinismos da época.

O Marquês de Pombal, reconhecendo o seu valor, protegeu-o como óptimo auxiliar na grande empresa de regeneração industrial do País, podendo fazer os pagamentos parciais em cal para obras públicas a partir dos fornos que ainda possuía em Alcântara.

D. José I deu-lhe permissão para gastar a lenha do Pinhal de Leiria, que lhe fosse precisa para a fábrica, durante quinze anos, privilégio que se tornou depois permanente, segundo alvará de 7-VII-1769.

Stephens mandou vir da Inglaterra mestres especializados na indústria do vidro, contratou cinco especialistas genoveses e admitiu um grande número de operários, a quem mandou ensinar essa arte e construiu espaçosas oficinas no estilo pombalino transformando aquela que fora a pequena fábrica de John Beare, numa das primeiras fábricas de vidro da Europa do seu tempo não esquecendo a cultura e os divertimentos para os seus operários, que tinham acesso a instrução primária, a lições de desenho e de música.

À sua iniciativa deve-se o facto de outros industriais de nacionalidade portuguesa correrem a estabelecer também outras fábricas na Marinha Grande que, de pequena povoação que era, se transformou numa das mais importantes cidades do distrito de Leiria.

Guilherme Stephens foi coadjuvado por seu irmão João Diogo Stephens que lhe sucedeu na direcção da fábrica e que em 1826 a deu ao Estado em benefício da Marinha Grande e do Reino em geral.

A Praça Guilherme Stephens distingue-se pelo agradável conjunto de edifícios de traça pombalina do século XVIII dos quais se destaca o dos Paços do Concelho (antiga dependência da vizinha Fábrica Irmãos Stephans), um jardim rodeado por um museu, a primitiva Fábrica de vidraça e a antiga administração.

No centro da Praça encontra-se o busto de Guilherme Stephens e num dos extremos situa-se o Mercado Municipal, outrora antiga fábrica de resinagem (1859). As ruas que convergem nesta Praça são as mais comerciais da cidade e reservada a peões.