A construção da fortaleza de São Tiago deveria ter-se iniciado por volta de 1614 conforme ainda hoje pode ver-se na inscrição do portão primitivo.
O início da construção deve ser atribuído ao mestre-de-obras Reais, Jerónimo Jorge que foi fortificador chegado à Madeira para substituir Mateus Fernandes, autor dos planos das muralhas defensivas da cidade e que aqui trabalhava desde 1567.
Após a morte de Jerónimo Jorge em 1617, a obra foi continuada por seu filho, Bartolomeu João.
A primeira fase das obras da fortaleza deveria ter ficado concluída em 1637, em tempo de D. Filipe II de Portugal, (Filipe III de Espanha).
No século XVIII vai assistir-se à segunda grande campanha de obras, dirigidas pelo Engenheiro Tossi Colombina (autor do projeto do porto do Funchal), sob as ordenações do então governador José Correia de Sá que adquiriu novos engenhos probabilísticos em Londres.
A comemoração relativa a esta intervenção de obra é ainda presente na epígrafe que se observa sobre o novo portão ostentando a data de 1767.
Algumas modificações foram avançadas em tempo das guerras napoleônicas, no início do século XIX, a fortaleza serviu de aquartelamento a tropas britânicas.
Já em 1803, na fortaleza foram recolhidas muitas famílias que haviam ficado sem abrigo aquando do terrível aluvião, e em meados do mesmo século foi construída a casa do comandante e da guarda.
No início do século XX voltaram a ser executados melhoramentos, por causa da visita de “D. Carlos I” Rei de Portugal em 1901.
A Fortaleza era então quartel da Bateria de Artilharia Móvel, e a entrega à Região Autónoma da Madeira desta unidade processou-se em 17 de Julho de 1992.
Na época, servia de aquartelamento da Polícia do Exército e do Esquadrão de Lanceiros do Funchal.
No ano de 1992 o Governo Regional da Região Autónoma da Madeira resolveu instalar um espaço militar e o Museu de Arte Contemporânea neste Forte.
No ano de 1986 uma seleção de obras de arte esteve exposta na Quinta Magnólia no Funchal sobre a designação de “Núcleo de Arte Contemporânea”: a coleção tem a sua origem nos prémios Cidade do Funchal organizados em 1966 e 1967 pela então Delegação de Turismo da Madeira.
No ano de 2015 o Museu de Arte Contemporânea do Funchal foi transferido para a Casa das Mudas na Calheta, agora designado Mudas.
Um Centro de Interpretação do Monumento com uma exposição de maior abrangência elucidativa das defesas e fortificações do Funchal num percurso histórico/cultural que acompanhou o crescimento demográfico e paisagístico, a evolução secular do forte e da sua relação estratégica com outros redutos militares na defesa da baía do Funchal.
Esta é a génese do futuro Museu de Arqueologia da Madeira com a incorporação de outros acervos Regionais advindos de escavações arqueológicas diversas.
As peças exumadas são testemunho material da ocupação humana desde o séc. XV ao presente, a história do arquipélago será “recontada” através dos artefactos, como se o passado soterrado emergisse para corroborar a História do Lugar.
O Forte foi construído no início do século XVII como fortaleza de defesa do porto do Funchal, é um forte urbano de arquitetura militar, e está localizado acima da orla marítima da zona histórica da cidade, mais conhecida por “Zona Velha”.
O Forte S. Tiago está situado no Centro Histórico do Funchal, no meio das habitações da zona e consiste numa Fortaleza que foi construída em 1614 para proteger a cidade do Funchal de ataques corsários e outros.
O Forte está bem conservado e a sua cor viva dá bastante destaque ao edifício, e passa despercebida até para quem passeia de barco devido a sua cor amarela.
A imponente fortaleza de 1614 foi Arsenal de 1914 até 1992 quando os estaleiros foram deslocados para a zona industrial.
Atualmente nas imediações há edifícios antigos, o forte possui um labirinto de passagens e escadas, oferece ampla visão da cidade, um restaurante, e o visitante pode fazer uma curta caminhada pela agradável orla do Funchal.
O Forte de São Tiago, com toda sua imponência e glória que um dia possuiu, é um lugar histórico e o visitante pode contemplar um lindo pôr do sol e vistas deslumbrantes sobre a Madeira e o Oceano Atlântico.
Um lugar que conta muito da história da cidade, com uma vista fantástica sobre o mar, um lugar bem conservado, e normalmente tem também uma exposição a decorrer no andar superior.