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Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no lugar de Cabeço da Senhora dos Prazeres, freguesia de Benespera, concelho da Guarda, na região do Centro, sub-região das Beiras e Serra da Estrela
O Sítio Arqueológico do Cabeço das Fráguas ou apenas Cabeço das Fráguas, localiza-se junto da Quinta de S. Domingos, no lugar de Cabeço da Senhora dos Prazeres, freguesia de Benespera, no concelho e distrito da Guarda.
O acesso só é possível a pé e com alguma dificuldade já que leva quase uma hora a subir o íngreme cabeço pelo flanco norte (o mais favorável para a subida).
O Cabeço das Fráguas trata-se de um sítio arqueológico da maior importância referente a um antigo local de culto a divindades lusitanas datado do séc. V a.C..
No topo do cabeço encontra-se uma escavação arqueológica que prova a existência de algumas edificações lusitanas possivelmente destinadas ao culto.
Nas imediações do cabeço foram encontradas 20 “aras” religiosas contemporâneas dos lusitanos, o que se reveste da maior importância já que, por comparação, em toda a província vizinha de Salamanca, Espanha, apenas existem 18 ”aras”.
O cabeço poderá ser o local da morte de Viriato e das suas possíveis cerimónias fúnebres sob a forma de cremação em pira funerária equivalente ao túmulo em outras culturas fúnebres.
Na inscrição na laje pode ler-se: “A Trebopala uma ovelha e a Laebo um porco, a Iccona Loiminna uma vaca, a Trebaruna uma ovelha de um ano e a Reva Tre-(?) um touro de cobrição”.
A inscrição na laje foi reproduzida com auxílio de um equipamento scanner laser e um molde da mesma encontra-se exposto no museu da Guarda.
As novas tecnologias dão conhecimento de uma subida ao Cabeço das Fráguas por elementos ligados ao Clube de Montanhismo da Guarda.
O Cabeço das Fráguas destaca-se na paisagem a 200 metros acima do planalto que ocupa o topo noroeste do concelho do Sabugal e situa-se contudo já na freguesia de Benespera, concelho da Guarda.
A partir de um caminho rural onde os carros podem ficar estacionados e a subida faz-se a um bom ritmo porque não há trilhos.
A panorâmica do cume é soberba onde o visitante pode ver mais além da cidade da Guarda, o vale da Ribeira de Maçainhas, a Serra de Vale Mourão, as terras da Bendada e do Sabugal.
No topo do cabeço encontra-se uma escavação arqueológica que parece provar a existência de algumas edificações destinadas ao culto.
A característica mais famosa do Cabeço das Fráguas é a existência de uma inscrição rupestre em caracteres latinos datada do séc. II d.C. em língua designada por lusitana descrevendo uma oferenda às divindades indígenas de uma ovelha, um leitão, uma vitela, um cordeiro de um ano e um touro de cobrição feita por alguém em circunstâncias desconhecidas (vide "Santuário Lusitano-Romano do Cabeço das Fráguas").