Instalado na Casa Maria José Alçada, um edifício de 1921 projetado por Raul Lino com a colaboração do Bispo da Diocese, D. Manuel da Rocha Felício, e dos párocos das igrejas do concelho o que permitiu a reunião das peças que agora constituem o acervo deste espaço museológico.
Numa área de exposição de 850 m2, o património museológico está repartido por dois edifícios cujo percurso tem como pedra basilar os 7 sacramentos propostos pela igreja católica (batismo, confirmação, matrimônio, ordem, penitência, eucaristia e unção dos enfermos).
No espólio constam mais de 600 peças e destacam-se as colecções de pintura, escultura, ourivesaria, paramentaria e figuras de roca.
Actualmente o acervo do Museu é composto por imagens sacras, retábulos, relicários, altares, crucifixos, livros e documentos raros, ourivesaria, mobiliário, telas, objetos religiosos e paramentos litúrgicos (período que vai desde o século XII ao século XX).
Um dos aspectos relevantes são as grandes dimensões de certas peças pouco comuns em museus europeus, e que se distinguem como ícones do Museu de Arte Sacra.
A título de exemplo, na escadaria central encontra-se uma escultura de Cristo crucificado, do século XVIII em madeira policromada com 2,20m x 1,85m.
Além das salas de exposição permanente, uma sala de exposições temporárias, um jardim interior e uma loja de venda ao público, a existência de uma capela dentro da área do Museu que recria o ambiente religioso comum a este tipo de estruturas.
Uma oliveira plantada simbolicamente à entrada do espaço marca o início do percurso do Museu de Arte Sacra da Covilhã.
O museu possui peças antigas que foram doadas por diversas igrejas, e outras encontradas em lugares abandonados fruto de escavações arqueológicas.
O Museu de Arte Sacra da Covilhã acolheu a exposição “Virgem Mãe” que é composta por uma coleção de cerca de 20 peças em pasta de papel, da autoria de Íris Fonseca que contempla várias formas originais de homenagear a virgem Maria, mãe de Jesus, e novas formas de colorir as esculturas com pigmentos naturais.
Aliás, a preocupação ambiental é uma constante nos trabalhos de Íris Fonseca que recicla não só o papel, mas também materiais eléctricos que dão origem ao cabelo de uma ou outra escultura.