Parque D. Carlos I

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Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se na Rua de Camões, na cidade das Caldas da Rainha, Distrito de Leiria, Centro de Portugal
 
O Parque D. Carlos I trata-se de um jardim romântico anexo ao Hospital Termal Rainha D. Leonor em homenagem ao rei Carlos I de Portugal (1863-1908).

O Rei D. Carlos I juntamente com o filho foram assassinados em 1908 e no Panteão Real da Dinastia de Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa ao lado do filho jazem urnas com tampas transparentes ficaram aí depositadas durante 25 anos. No ano de 1933 uma comissão privada abriu uma subscrição nacional que levou à inauguração de dois belos túmulos concebidos pelo arquiteto Raúl Lino junto dos quais está uma figura feminina representando "A Dor" esculpida por Francisco Franco, conjunto esse que ainda hoje pode ser visto.

O conceito de um parque do hospital termal remonta a um espaço arborizado anexo à "Casa da Convalescença" erguida no reinado de João V de Portugal integrado na Mata Rainha D. Leonor onde os doentes podiam passear e curarem-se.

Na passagem do século XVIII para o século XIX foi implantado o chamado “Passeio da Copa” por iniciativa do Dr. António Gomes da Silva Pinheiro administrador do hospital entre 1799 e 1833.

O Jardim tipicamente barroco com elementos como escadarias, muros de suporte e eixos de simetria, a sua dupla função era permitir aos doentes que vinham tratar-se no hospital possibilitar a sua recuperação em passeios como era costume à época.

As mudanças trazidas pelo Liberalismo em Portugal o Jardim será alterado existindo uma nova planta do novo "Passeio da Copa" datada de 1806 que corresponde à parte norte do atual parque.

A partir de então aumenta o afluxo às águas termais, sobretudo às das Caldas da Rainha, por parte das classes dirigentes: ir às águas para tratamento e divertimento tornou-se numa moda, refletindo uma tendência em toda a Europa.

A 3 de janeiro de 1888 um novo administrador toma posse no Hospital Termal: o arquiteto Rodrigo Maria Berquó que anteriormente havia trabalhado nas Caldas da Felgueira, deu início ao projeto do novo Parque que propôs batizar de "D. Carlos I" em homenagem ao monarca e autorizou-o em 20 de novembro de 1889.

O projeto do novo Parque passava por um parque arbóreo, um grande lago artificial, destacou a necessidade de se estabelecer diferentes jogos (ténis, croquet, pistola), música no coreto e passeios de barco no lago ou de bicicleta nas alamedas.

O parque de Berquó definia-se como uma paisagem do Romântico então em moda na Europa que valorizava o sentimentalismo e o naturalismo.

O parque viria a ser remodelado em 1948 com projeto paisagístico da autoria de Francisco Caldeira Cabral tendo as obras se prolongado até 1951.

O novo projeto abrangia o arrelvamento de espaços baldios, o cultivo de sebes de flores variadas e coloridas, a plantação de novas árvores pelo emprego de contraste sombra/luz, tanques e fontes embelezadas com azulejos e bicas de cantaria, uma estufa de flores própria onde podia preservar as já existentes ou desenvolver novas espécies.

Atualmente no Parque D. Carlos I destacam-se árvores seculares, equipamento recreativo, lago com barcos, o coreto, o restaurante-bar com esplanada, o parque de merendas, o campo de ténis, Museu de José Malhoa (inaugurado em 1934 na Casa dos Barcos).

As diversas esculturas distribuídas pela área do parque são: Busto de Silva Porto em bronze pelo escultor Salvador Barata Feyo, Estátua de Ramalho Ortigão, "Grupo Decorativo" em bronze por Leopoldo de Almeida, "Ternura" em bronze pelo escultor Henrique Moreira.