Estátua de Rainha Dona Leonor

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Localiza-se no Largo do Conde de Fontalva, cidade e concelho das Caldas da Rainha, distrito de Leiria, sub-região do Oeste, Centro de Portugal
 
No Largo do Conde de Fontalva está a estátua da Rainha D. Leonor em que são celebrados os atos oficiais do dia 15 de Maio, em que é feriado municipal e que servem de agradecimento e reconhecimento para com D. Leonor e toda a atenção que deu a esta terra e às suas águas.

O esboço da estátua da Rainha feito em gesso pode também ser contemplado na coleção permanente do Museu José Malhoa, pela quantidade e qualidade da arte ali expostas, mas também por se encontrar edificado bem no centro do Parque D. Carlos I.

A mais importante figura da cidade das Caldas da Rainha é a Rainha D. Leonor (1458- 1525) fundadora e responsável pela edificação do Hospital Termal e em função do qual se desenvolveu aquela que é hoje a nossa cidade, e cujo nome para D. Leonor remete.

D. Leonor nasceu em Beja em 1458 e antes de se tornar Rainha por casamento (1481) com o futuro Rei D. João II seu primo, D. Leonor antes do matrimónio com o Príncipe Perfeito era já uma princesa da Casa de Avis visto ser bisneta do Rei D. João I (1385-1433) o Mestre de Avis, sendo também neta do primeiro Duque de Bragança, D. Afonso, que por sua vez era casado com D. Beatriz Pereira, filha de D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino e braço direito de D. João I, na Batalha de Aljubarrota.

D. Leonor foi apenas a terceira e última rainha consorte (através de casamento com o herdeiro do trono) nascida em Portugal e que foi ainda o primeiro representante da realeza nacional a pertencer à Casa Bragança, que viria a representar Portugal enquanto Casa Real após a Restauração da Independência em 1640.

A lenda diz que em dia de celebrações fúnebres em honra a D. Afonso V, pai de D. João II é tio e sogro de D. Leonor, a ter lugar no Mosteiro da Batalha, no caminho de Óbidos para a Batalha a Rainha se cruzou com um grupo de pessoas que se banhavam nas poças perto da estrada e que se questiona do que se tratava lhe terá sido dito que as águas ajudavam as ditas pessoas a sentirem-se melhores das suas dificuldade físicas ou de saúde.

A construção daquele que é considerado por muitos o primeiro Hospital Termal do mundo foi um pequeno passo para D. Leonor que custeou a construção do mesmo iniciando os trabalhos em 1484.

A benemérita Rainha foi também responsável por redigir o respetivo regulamento que ficou conhecido por Compromisso da Rainha onde se definia que a instituição serviria para apoiar gratuitamente os pobres e desfavorecidos do reino (publicado em 1512).

D. Manuel I, irmão de Leonor, atribuiu o foral de vila a Caldas da Rainha que consagraria o rápido crescimento do local, a afirmação da sua importância e sobretudo a independência face ao concelho de Óbidos ao qual pertencia até então com a denominação de Caldas de Óbidos.

O Hospital Termal é o motivo da fundação da cidade e o principal legado de D. Leonor a instituição usa o nome da rainha como designação oficial o mesmo se podendo destacar em relação ao largo onde o Hospital se encontra edificado e que também apresenta uma toponímia com o objetivo de homenagear a nossa fundadora.

Integrada na coleção permanente do Museu José Malhoa, no espólio de pintura está a representação da Rainha D. Leonor pintada pelo próprio José Malhoa, pintor natural de Caldas da Rainha, e que a convite de António Montez em 1924 realizou aquela pintura com o objetivo triplo de homenagear D. Leonor, aproximar José Malhoa da sua terra natal e decorar o salão nobre da Associação Industrial e Comercial naquela época.

As Caldas da Rainha tem demonstrado o seu agradecimento e reconhecimento a D. Leonor pela sua generosa atitude há mais de 500 anos atrás.