Pelourinho de Soajo

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Localiza-se no Largo do Eiró, freguesia de Soajo, Vila de Arco de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, região Norte e subregião do Alto Minho, sede do município de Arcos de Valdevez
 
O Pelourinho de Soajo localiza-se no Largo do Eiró, na freguesia do Soajo, vila e concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, região Norte e sub-região do Alto Minho, sede do município de Arcos de Valdevez.
História do Pelourinho de Soajo
 
A data da sua edificação é incerta, embora o "Foral Novo" concedido à vila por Manuel I de Portugal em 1514 possa apontar para a sua construção.

De acordo com António Martinho Baptista supõe-se que seja do século XVII, embora não haja fundamento em documentação que o sustente e a sua cronologia tardia é atribuída à ausência de vestígios de guarnições de ferros.

O Pelourinho de Soajo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910.

No ano de 1980 uma junta de bois atrelada a um carro desgovernado embateu no pelourinho partindo-o em três partes, sendo posteriormente restaurado.
Características do Pelourinho de Soajo
 
Apresenta-se com um simples esteio ao alto, muito próximo do habitual "tronco" do século XIII.

Sobre uma base em três degraus, assenta uma coluna ovalada, sem base nem capitel, de aspecto sóbrio, tendo como única decoração uma carranca humana sorridente no fuste junto ao topo rematado por uma laje triangular.
Simbolismo do Pelourinho de Soajo
 
A tradição local atribui ao triângulo a representação do pão a esfriar na ponta de uma lança, mas a carranca também pode remeter para um chapéu tricorne.

A população local atualmente associa o triângulo ao rodo que é um instrumento agrícola utilizado para nivelar o milho novo nas eiras.

O lugar onde se ergue o pelourinho se chama Largo de Eiró, que nesta região do norte e nordeste significa o maior largo da aldeia ou uma ampla eira.

O rodo tem numa extremidade uma parte triangular em madeira e na função de nivelamento do cereal na eira pode comparar-se à de nivelamento do pelourinho, antigo símbolo da jurisdição concelhia, simbolizando o conceito de que a justiça é igual para todos.

Outra possível explicação sustenta que no reinado de Dinis I de Portugal os monteiros se terem queixado dos abusos dos fidalgos pelo que o monarca terá dado ordem para que estes não se demorassem na vila mais do que "o tempo de esfriar um pão na ponta de uma lança".