O município de Barrancos constituído por uma única freguesia é o de menor população do Continente e o terceiro menos povoado de Portugal tendo uma área de 168,42 Km2. A freguesia de Barrancos é limitada a norte e a leste pelos municípios espanhóis de Oliva de la Frontera e Valencia del Mombuey (província de Badajoz) e de Encinasola (província de Huelva), a sul e oeste pelo município de Moura e a noroeste pelo município de Mourão.
O território do município de Barrancos foi ocupado por diferentes civilizações: o Calcolítico, os romanos, os visigodos e foi conquistado aos mouros por Gonçalo Mendes da Maia (O Lidador) no ano de 1167.
Gonçalo Mendes foi um aristocrata português que esteve na frente de uma batalha contra os muçulmanos em Beja que conseguiu derrotar o inimigo e este ato heróico é celebrado e conhecido como o Lidador (Estátua de Pedra de Gonçalo Mendes da Maia - O Lidador (1075-1170) situada no Jardim Público de Beja, Jardim Gago Coutinho e Sacadura Cabral).
O Cavaleiro português com estátua e escudo também conhecido como O Lidador (o trabalhador) assim chamado por seu destemor na luta contra os sarracenos e a estátua foi feita pelo escultor português Júlio Vaz Júnior no ano de 1940.
O rei D. Sancho I ordenou o repovoamento de Barrancos em 1200 e a sede de município situava-se na vila de Noudar (dentro da fortaleza do castelo homónimo).
No ano de 1295 é concedida carta de foral pelo rei D. Dinis à vila de Noudar em que seria definitivamente integrada no Reino de Portugal.
No ano de 1825 iniciou-se um lento processo de despovoamento devido à perda da sua importância estratégica e militar o que permitiria a transição da sede de município para a atual vila de Barrancos e assistindo-se ao desaparecimento gradual da sua população.
Barrancos resulta de uma transferência de população e poder municipal da antiga vila de Noudar em 1998 fruto de uma reforma administrativa onde foi incorporado no município de Moura de 1896 a 1898.
Barrancos possui grandes ligações culturais com Espanha uma vez que a povoação de Encinasola dista de Barrancos apenas 9 km, ao passo que a localidade portuguesa mais próxima (Santo Aleixo da Restauração) situa-se a 21 km.
As manifestações mais visíveis são o dialeto falado o barranquenho e a sobrevivência da tourada até aos nossos dias.
O facto de confinar com a fronteira espanhola levou ainda ao desenvolvimento até finais da década de 1970 de uma intensa atividade de contrabando na vila.
A vila de Barrancos é a par de Monsaraz um dos dois únicos locais de Portugal em que é legal matar o touro na arena aquando das corridas de touros, pois o parlamento português aprovou, em 2002, um regime de exceção para Barrancos que legalizou esta tradição.
Na gastronomia local destaca-se o presunto de Barrancos que constitui uma denominação de origem protegida (DOP) de acordo com as normas da União Europeia, a açorda à moda de Barrancos e as migas feitas de uma forma tão típica desta região.
As atrações são: Igreja Paroquial de Barrancos, Bairro do Ferragial, Museu Municipal de Arqueologia e Etnografia de Barrancos, Monumento ao Touro, Bombeiros Voluntários de Barrancos,Jardim das Bicas, Parque de merendas J.F.B. Lancheira, Campo de Tiro de Barrancos, Moinho da Pipa, Castelo de Noudar, Parque de Natureza de Noudar, Estação da Biodiversidade de Noudar, Ruínas da Ermida de São Gens e Cerro de São Gens, Moinho do Porto da Vinha (Ribeira de Nisa) e Baloiço da Ferrenha.