Aldeia do Xisto de Gondramaz

Na Aldeia de Gondramaz ergue-se no cimo da montanha como um quadro pitoresco com pedras gravadas com símbolos ou desenhos esculpidos nas fachadas das casas e nas pedras.

A aldeia estrutura-se a partir de uma rua principal até ao limite em que o declive permitiu construções e daqui sai uma rede de ruas estreitas e sinuosas que apetece percorrer com curiosidade.

Na entrada da aldeia encontra-se uma placa metálica com um poema de Miguel Torga que diz: “A vida é feita de nadas, de grandes serras paradas, à espera de movimento, de searas onduladas pelo vento, de casas de moradia caiadas e com sinais de ninhos que outrora havia nos beirais, de poeira, de ver esta maravilha: Meu Pai a erguer uma videira como uma Mãe que faz a trança à filha.”

A aldeia distingue-se pela abundância do xisto que está presente no chão, nas fachadas das casas da aldeia como exemplo da melhor arte de trabalhar artesanalmente a pedra.

A aldeia é propícia à prática da bicicleta, o pavimento permite que sobre ele se desenvolva um percurso acessível para pessoas com mobilidade reduzida.

O material de construção predominante é o xisto e a grande maioria das fachadas não se apresenta rebocada e em Gondramaz preservou-se o genuíno espírito de aldeia num aglomerado muito agregado que mantém uma leitura tradicional.

Nesta aldeia destaca-se a Capela de Nª Srª da Conceição possuindo uma estrutura singela que guarda imagens de Nª Srª da Conceição e de Nª Srª das Candeias, o Largo da Capela, Largo dos Petiscos, o Largo do do Leão e o Salão de Baile.

Uma Alminha incorporada na fachada de uma casa particular, isto é, um pequeno altar onde se pára um momento para deixar uma oração, uma esmola pelas almas e também encontrar velas e lamparinas acesas e oferendas como azeite ou flores.

O lavadouro e o fontanário estão localizados no centro da aldeia que disponibiliza água canalizada e são os únicos equipamentos colectivos da aldeia.

Os percursos feitos com bicicleta de montanha com capacete de proteção tem início e fim em Gondramaz onde o praticante sobe íngremes encostas e desce proporcionando uma pequena viagem pela Serra da Lousã.

A aldeia alberga uma vegetação muito diversificada com espécies como a azinheira, o castanheiro, o carvalho negral, o carvalho alvarinho e o sobreiro.

A cerca de três quilómetros do Gondramaz vestígios de um almofariz fixo indicam a presença de aldeamentos castrejos que terão existido na região.

A primeira presença documentada é a dos romanos perto da aldeia Gondramaz foi edificada a cidade de Conímbriga que influenciava o espaço geográfico.

A provável origem do seu nome Villa Gundramaci corresponderia a "quinta de Gondramaz" nome próprio de origem germânica deu origem ao nascimento do lugar relacionado com a presença visigótica na região.