A caldeira foi formada por colapsos sucessivos de pedras e pedregulhos, e tem uma área de aproximadamente 4,3 km, com profundidade máxima de 29 metros, e constitui-se numa das maiores caldeiras de abatimento do mundo e os seus bordos apresentam em sua maior parte vertentes muito inclinadas e verdes.
Insere-se numa área de montanha de relevo bastante acentuado com falésias interiores profundas, ravinas e almas, e sulcos em cujos leitos correm águas torrenciais.
O Pico das Almas com 873 metros de altitude é a maior elevação desta zona, e tem este nome devido às almas que pairam por lá visto que antes era um cemitério.
A zona inclui uma área urbana, terrenos agrícolas e maciços florestais de produção de criptoméria.
Uma área importante em termos de endemismo conservando vestígios da vegetação primitiva do arquipélago com destaque para o cedro-do-mato ("Juniperus brevifolia"), o "Chaerophyllum azoricum", a angélica ("Angelica lignescens"), o azevinho ("Ilex perado ssp. azorica"), a "Tolpis azorica", o queiró ("Daboecia azorica"), a urze ("Erica azorica"), a "Lysimachia azorica", a uva-da-serra ("Vaccinium cylindraceum"), o folhado ("Viburnum tinus ssp. subcordatum"), a "Cardamine caldeirarum", as margaridas ("Beilis azorica"), os musgos "Breutelia azorica", "Campylopus azoricus" e "Grimmia tricophylla ssp. Azorica".
O lugar representa também uma importante zona de passagem para aves migratórias e muitas das quais em perigo de extinção: aves endémicas dos Açores como o pombo-torcaz-dos-Açores ("Columba palumbus azorica"), o melro-preto ("Turdus merula azorensis") e a estrelinha ("Regulus regulus azoricus").
Nas águas das lagoas da região encontram-se várias espécies de peixes introduzidas pelo Homem como por exemplo a carpa ("Cyprinus carpio"), o lúcio ("Esox lucius"), a perca ("Perca fluviatilis"), o ruivo ("Rutílus rutílus") e a truta ("Salmo iridens gibrons").
A lagoa das Sete Cidades constitui-se no maior reservatório natural de água doce de superfície dos Açores ocupando uma vasta área que chega aos 4,45 quilómetros quadrados com uma profundidade de 33 metros.
A lagoa caracteriza-se pela dupla coloração das suas águas sendo dividida por um canal pouco profundo atravessado por uma ponte baixa que separa de um lado um espelho de águas de tom verde, e do outro um espelho de tom azul.
Essas características, e a beleza da paisagem envolvente deram lugar a que surgissem belas lendas sobre a sua origem e formação, inclusive a que a liga ao mito da Atlântida.
A lagoa e a sua zona envolvente encontra-se classificada como Paisagem Protegida.
A Lagoa é o maior lago de água doce dos Açores situado nas crateras vulcânicas que formam a Ilha sendo constituído por duas lagoas (a Lagoa Verde e a Lagoa Azul) que aqui promovem um cenário de beleza extrema e indescritível, e uma das imagens simbólicas de todo o Arquipélago, classificada como Paisagem Protegida da Rede Natura 2000.
A sua profundidade atinge o máximo de 33 metros, e o comprimento 4,2 quilômetros, e está rodeada de verdejantes campos de cultivo e belíssimas encostas escarpadas que lhe conferem um ambiente bucólico e idílico sem igual.
No local onde hoje se situa a bonita freguesia das Sete Cidades existia um reino onde habitava uma bela e jovem Princesa Antília, de lindos olhos azuis.
Um certo dia, num passeio pelos prados maravilhosos da região, a Princesa apaixona-se por um Pastor de olhos verdes que por ali passeava o seu rebanho.
Os dias passaram e os dois apaixonados se encontram no mesmo local, à sombra de uma velha árvore, cada vez mais próximos e apaixonados.
O Rei que desejava que a sua filha se casasse com um Príncipe do reino vizinho ao tomar conhecimento da paixão que crescia, proibiu o amor da Princesa e do Pastor.
Antília desesperada pediu o seu último encontro com o seu amor que aconteceu no local habitual, e enquanto falavam o seu triste destino, os dois choraram em tamanha quantidade que dos olhos azuis da Princesa se formou a “Lagoa Azul”, e dos olhos verdes do Pastor se formou a “Lagoa Verde”.
A lenda conta então que os dois foram separados, mas as suas sentidas lágrimas para sempre ficaram lado a lado, na Lagoa das Sete Cidades.