A Casa do Arco da Cadeia serviu como Paços do Concelho durante grande parte da Idade Média, sendo posteriormente substituída pela construção dos Paços de Concelho manuelinos.
O edifício que se presume remontar ao início século XIV, manteve grande parte da sua estrutura primitiva até à atualidade.
No século XX foi adquirido pelo pintor, cenógrafo e figurinista Abílio de Mattos e Silva, e por sua mulher, a arquiteta de interiores Maria José Salavisa.
A Casa do Arco da Cadeia possui arquitetura gótica, constituída por um rés-do-chão que abre para a rua através de um arco de travessia, presume-se que seja do século XV funcionavam como Paços do Concelho ou como cordão.
A Casa do Arco da Cadeia é uma construção que remonta aos séculos XIV/XV, na sua origem assumiu as funções de cadeia e de Paços do Concelho no século XVI, no edifício contíguo (atual Museu Abílio Mattos Silva) mantendo as suas características originais até ao século XX.
No ano de 1958, o pintor Abílio de Mattos e Silva adquire a Casa do Arco que foi restaurada num projeto desenvolvido por Maria José Salavisa, sua viúva.
A casa foi doada à Câmara Municipal de Óbidos pela própria em homenagem ao seu marido, a abertura deste espaço é um tributo aos dois e pode ser visitada mediante marcação prévia.
A Casa do Arco da Cadeia possui planta simples, trapezoidal, composta por volume único de 2 alturas com cobertura diferenciada em telhados de 2 águas.
O edifício de 2 pisos, a fachada principal orientada a O, com grande vão em arco apontado, de cantaria, onde passa a rua. Acesso ao piso superior pela direita, através de escadaria exterior levemente curva.
No 2º piso, à direita, porta de verga recta encimada por brasão com as armas dos Matos e Silva; à esquerda, 2 janelas geminadas em arco apontado, de cantaria. Fachadas laterais adossadas a outros edifícios; cunhal entre as fachadas E. e N., também cantaria.
A Fachada posterior, a E., apresenta arco aviajado, onde passa rua; à direita, porta de acesso ao rés-do-chão, de arco apontado e com grandes dimensões; à frente, outra porta, aberta em vão de arco entaipado, comunicante com o imóvel contíguo.
No 2º piso, ao centro, janela de verga recta e 2 outras, geminadas, em arco apontado, no extremo direito da casa. O Interior conta com duas salas, cozinha, casa de banho e dois quartos, de traça recente.
No ano de 2002 a casa foi doada à Câmara Municipal para aí ser instalado um núcleo do Museu de Abílio de Mattos e Silva, o qual funcionará em articulação com o museu que lhe está anexo.